Há bastante tempo as pessoas me perguntam nas entrevistas, nos eventos, nas ruas, qual o tipo de música que eu faço.

Sempre respondi "música boa", mais por não saber conceituar minha arte, do que por convicção.

Hoje, após mais de 35 anos de jornada profissional, de música, literatura e filosofia,
gosto de pensar que sou um cara que compõe, que canta, que toca, que arranja, que escreve, que conversa, que sorri (bastante),
que vive e procura inserir seu olhar, sua percepção no seu trabalho diverso.

Acho que em síntese, sou um cara do sul do mundo que traz impressos no coração e no espírito a geografia da sua terra,

que possui os pés na aldeia e os olhos no mundo, que pretende ser sempre um viajante daqueles que levam na bagagem sua arte para compartilhar, para trocar vivências e para aprender. Sempre.

Tenho pensado que felicidade é manter-se em movimento e, por isso, sigo caminhando!